Língua e música - Percussão corporal
A arte sempre será palco de muita observação e estudo, visto que suas representações expressivas se baseiam em comportamentos humanos apresentados diferentemente em cada época. Tudo isso nos remete ao passado distante e totalmente remoto, sem uma estruturação social fixa e suportes suficientes para registros mais concretos e bem elaborados. Achados dessa época nos remetem a construções artesanais de instrumentos de sopro, desenvolvidos a partir de pedaços de ossos e madeiras.
A percussão
corporal é uma prática musical, onde se utiliza o corpo como suporte para
realização de uma produção sonora e musical. A partir de estalos nos dedos, toques
entre as mãos, batidas com os pés, toques no peito, pernas e até mesmo no rosto
nos permite construir sons harmônicos e melódicos capazes de encantar os ouvidos
humanos.
Devemos lembrar
que essa prática de utilização corporal como suporte à música, não é algo tido
como novo, mas que surgiu desde o período pré-histórico, por meio da imitação
dos primeiros seres humanos aos sons da natureza, rugir dois animais e linguagem
comunicativa entre os mesmos. Com o passar do tempo os humanos começaram a aperfeiçoar
tais movimentos e hoje temos diversos grupos musicais que utilizam desses
costumes para levar a cultura musical corporal aos quatro cantos do mundo. Provando
assim, que música não se faz apenas com instrumentos construídos por um Luthier, mas podendo utilizar nosso
próprio corpo como suporte.
Diversos grupos
apresentam números musicais e estarei apresentando alguns. Conhecido como
Barbatuques (fig. 01), o grupo paulista foi fundado em 1995 e conta com
apresentações por todo o mundo trazendo suas composições e técnicas nos mais
variados timbres e procedimentos criativos. Temos também o Beatbox, estilo
expressivo que utiliza sons próprios, normalmente por uma pessoa, ou um grupo,
para produzir sons instrumentais. O Beatbox surgiu nos guetos de Nova York, em
meados de 1982 e ganhou o mundo. Fernandinho Beatbox (fig. 02) é brasileiro e
conhecido mundialmente pelos seus mais variados trabalhos. Começou a fazer
carreira em 1999, formando um grupo de hap conhecido como Z’África Brasil, mas
acabou saindo por discussões internas. Não podemos deixar de fora os Tomps
(fig. 03), grupo inglês, que utiliza instrumentos não convencionais como,
latas, baldes, colheres e outros mais, aliados a timbres percussivos corporais.
Se fossemos aprofundar nessa busca por grupos que utilizam dessa linguagem para
transmitir conteúdo musical, a lista seria extensa. Mas fica a dica, para você
tentar pesquisar esses citados aqui e outros mais.
Assista o vídeo realizado pelo professor e busque nele inspirar-se, para realização da atividade.



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